TECLA 1

Dorival pega seu videofone de ônix cor de âmbar e liga para Marisão Sem Medo, linda mulher de olhos verde-mar, às vezes tempestuosos, de modos bruscos e acelerados por ter sido criada só entre homens, mas muito mulher na cama. E é na cama que aparece Marisão no vídeo colorido, com o baby-doll deixando entrever nesgas de pele.
Dorival aciona o videofone de modo que Marisão veja o terminal de poesia. "Venha cá Marisão, pelo fim da tardinha e veja como é a poesia eletrônica. Hoje o Carlos Nejar vai escrever um poema sobre os cabelos da amada dentro da noite, escrevendo em sua adega à luz de velas mas num teclado acoplado a uma rede computadores, como o meu".


Marisão topa
Marisão não topa